Novas receitas para enfrentar novos Centros Comerciais

Fundo municipal e lojas nos shoppings são ideias da Associação Comercial da Guarda

O novo presidente da Associação Comercial da Guarda (ACG) alerta para a possibilidade de algumas lojas do comércio tradicional da cidade "fecharem as portas" face à abertura, em breve, de dois centros comerciais.

Paulo Manuel, eleito no fim-de-semana presidente da ACG, sucedendo a Jorge Godinho, disse à Agência Lusa que os dois empreendimentos são "um motivo de preocupação para todo o comércio tradicional". Os novos equipamentos irão "reforçar a oferta e a concorrência vai ser de tal forma grande que muitos dos associados [da ACG] vão ter que fechar as portas", prevê o responsável, que integrava a anterior direcção da ACG. "Estamos num mercado exíguo e a política fiscal relativamente a Espanha tem levado a que haja uma perda comercial na região", assinalou.
Para fazer frente ao cenário que se avizinha, Paulo Manuel garante que "o comércio tradicional tem que se modernizar para se manter vivo, apostando em parcerias de franchising e realizando estudos de mercado que permitam encontrar outras oportunidades que possam ser completadas com outras ofertas já existentes".
Para fazer face ao impacto dos novos equipamentos, a ACG tenciona criar condições para que os seus associados também possam ter lojas nos novos centros comerciais, ao mesmo tempo que vai procurar sensibilizar a Câmara Municipal no sentido de "criar um fundo de apoio à modernização do comércio tradicional, porque do ponto de vista social cria mais empregos a longo prazo e mais estáveis".

DOIS MIL POSTOS DE TRABALHO
Os dois centros comerciais projectados para a cidade da Guarda – "Vivaci" e "Guarda Mall" – deverão criar mais de dois mil postos de trabalho directos e indirectos. As obras do centro comercial "Vivaci" já começaram, enquanto o arranque do "Guarda Mall" está mais atrasado, uma vez que está projectado para o local onde funcionam o Mercado Municipal e a Central de Camionagem e a Câmara tem que alterar o Plano Director Municipal (PDM) para viabilizar a sua construção, disse à Agência Lusa fonte da autarquia. (...)

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